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domingo, 25 de março de 2012

[1º] Grito Rock 2012 - Rio Grande

Arte de Everton Cosme
Sábado, dia 17 de Março de 2012, pela primeira vez em Rio Grande, aconteceu o Grito Rock. Em síntese é o maior evento integrado da América Latina; começou em 2002 em Cuiabá como obra do coletivo Espaço Cubo -que mais tarde deu origem ao Fora Do Eixo- e se espalhou pelo resto do Brasil e América Latina, chegando inclusive à Europa através de produtores brazucas que levaram e ajudaram a difundir a idéia por lá.
O evento aqui em Rio Grande aconteceu graças à iniciativa [corajosa] do J.F. Costa que se inscreveu como curador da região no início desse ano e a ajuda excepcional da Cintia Campos que "providenciou" o evento.
Cintia & J.F.
Foto de Thiago Iankoski
Digo corajosa pois toda a iniciativa a nível cultural em Rio Grande já nasce fadada ao insucesso, ainda mais se tratando de bandas COM TRABALHO PRÓPRIO - vide mente e pensamento provinciano. Essa oportunidade serviu pra mostrar o quanto a coisa anda quente aqui, em termos de produção e variedade - como sempre foi. Ao todo foram cinco bandas a se apresentar, cada uma com um gênero bem distinto e muito bem trabalhado dentro do Rock e o melhor: apresentando canções próprias e muito bem polidas. Por outro lado serviu também pra nos mostrar o descaso com o que é produzido aqui.
Houve um atraso de aproximadamente uma hora em virtude da ausência dos equipamentos da primeira banda a tocar -TENR - e logo se iniciou o Grito!

R. Rechia, E. Custódio e N. Lucena.
Foto de Fernanda Miki
A primeira banda a tocar foi a TENR. Banda de rock instrumental com forte influência dos power trios da década de 1970. Composta por Rafael Rechia na guitarra, Nicholas Lucena [bateria] e Eduardo Custódio [baixo] - em algumas canções a cozinha se reveza. Destilaram quase todas as canções do primeiro álbum -previsto para sair até o final desse ano- totalizando 13 músicas em pouco mais de uma hora de show.




J. Bonilha, J. Quaresma, C. Feitosa e C. V8.
Foto de Karol Saadi
Logo após subiram os Vampiros Nordestinos. Liderados pelo guitarrista e vocalista Carioca Feitosa, a banda traz ficção científica e bom humor nas letras; tudo isso permeado por um estilo próprio que lembra desde o punk até o rockabilly. Com músicas curtas e muita energia, os Vampiros botaram o pessoal pra dançar. No repertório músicas do primeiro álbum chamado "As Espaçonaves e os Mamíferos" entre outras canções novas. Os Vampiros são, além do Carioca: José Bonilha na guitarra solo, Jean Quaresma na bateria e Cláudio V8 no baixo.

B. Cardozo, Mauro, Vulcano e P. Porciúncula.
Hora da banda Montreal. Metalcore de primeira! Iniciada em 2009 em Rio Grande/RS é uma das poucas representantes do estilo na região. Foi uma das, se não a mais pesada banda a tocar. Meteram um repertório cheio de canções próprias e muito bem trabalhadas. Destaque para o trio de vozes composto por Vulcano na guitarra e voz principal, Bruxo Cardozo na outra guitarra/back e o batera/backing Mauro; foram guturais super distintos e bem feitos, encaixando perfeitamente nas canções. O único que não cantou mas fez uma performance formidável foi o baixista Pedro Porciúncula, que segurou todo o peso nas five strings!

Erlon M., A. Castanheira, J.F. e W. Farias
Foto de Marina Melo
Seguindo o baile temos a já consagrada Nitrovoid, de origem nortense e liderada pelo curador J.F. Costa [vocal e guitarra]. A banda já é bem conhecida e apreciada na região. Levou três prêmios ano passado no festival Seiva Da Terra, na FEARG/FECIS, além do primeiro lugar! E vem trabalhando incansavelmente no novo álbum chamado "Janelas de Chumbo". O show foi pesado e pegado, com todas as características que a Nitrovoid costuma trazer nas apresentações ao vivo; pegada, presença, interação com o público e atitude.  Além do J.F. temos o Erlon M. na outra guitarra/backing, Alex Castanheira na bateria e Will Farias no baixo. Pra mais informações e algumas fotos do show acessem: http://nitrovoid.blogspot.com.br


R. Monteiro, D. Ferreira, C. Motta e Solano F.
Foto de Aldivo Mendes
E chegando no final, a banda mais velha a se apresentar: Freak Brotherz. Que completou 14 anos de existência! Foi a única banda "de fora" a se apresentar. Os pelotenses mandaram ver! Mostraram o que conquistaram nesses quatorze aninhos. No repertório alguns clássicos dazantiga como "Pisa Fundo" e "Tô Afim de Batalhar um Esquema"; passando por composições recentes e os clássicos covers de Rage Against The Machine - forte influência dos caras. Freak é Danilo Ferreira no vocal, Rodrigo Monteiro na guitarra, Solano Ferreira no baixo e Clovis Motta na bateria. Pra maiores informações, visitem o blog oficial da banda, que tá sempre atualizado: http://freakbrotherz.wordpress.com



Postado por Nicholas Lucena

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

The Doorbell Orchestra - The Back Track [EP][Project]

Lançado nos últimos suspiros de 2011, via FaceBook/Soundcloud aqui em Rio Grande/RS, esse projeto genial, inspirador e proveniente da mesma caixola que criou a The Sorry Shop, Sr. Régis Garcia, tem tudo pra ser sucesso entre os bêbados sem-vergonha e as bêbadas, também!
É bem simples; ele criou cinco graciosas melodias e disponibilizou na plataforma Soundcloud; segundo as instruções [de acordo com minha interpretação e execução hahaha], é possível participar escutando as músicas>bebendo>escrevendo o que se passa na tua cabeça durante a audição das faixas na tua lingua mãe>bebendo>gravando o que tu acabou de escrever>bebendo>e por último: enviando tua bela voz pro e-mail: thedoorbellorchestra@gmail.com>bebendo mais um pouco, por que não?! Daí é só aguardar a mixagem pra ver o resultado final! Genial, não?

Pra quem quiser acompanhar as instruções originais, segue aqui em INGLÊS:


Basic Instructions: 1) Push play and listen to the music; 2) Get drunk and bored; 3) Find a pen or a pencil and a piece of paper; 4) Start to write in your own language anything that comes to your mind; 5) Sing the lyrics you just made;6) If the result is no good, drink a little more (be sure to have a bucket close to you); 7) Record your beautiful voice andsend an e-mail to thedoorbellorchestra@gmail.com and we will be glad to make you feel embarrassed by mixing your voice to the song(s) of your preference.


Pra quem quiser acompanhar na tradução oficial pro PTBr oferecida pela The Doorbell Orchestra, segue aí:


Instruções básicas: 1) Bota a música pra tocar; 2) Fica bêbado e entediado, 3) Encontra uma caneta ou um lápis e um pedaço de papel; 4) Começa a escrever qualquer coisa que vem à sua mente na tua própria língua; 5) Canta a letra que tu acabastes de fazer; 6) Se o resultado não for bom, bebe um pouco mais (não te esquece de ter um balde por perto); 7) Grava a tua bela voz e envia por e-mail para thedoorbellorchestra@gmail.com e teremos o maior prazer de te fazer sentir constrangido, mixando tua voz na(s) música(s) de tua preferência.


Segundo o Régis, não passa da "última brincadeira musical de 2011" dele. Mas pelo visto, tem bastante gente se interessando em participar; e pruma simples "brincadeira" essas melodias estão maravilhosas! Muito bem feitas e arranjadas; de bom gosto, mesmo; e, acima de tudo, INSPIRADORAS!

Bom! Eu já tô pronto pra começar a gravar; 5ª lata de cerveja aberta... Vamos nessa!

Aqui segue o embed player, pra que quiser ouvir as canções!


The Back Track by thedoorbellorchestra



Régis Garcia, o cara por trás da The Sorry Shop, ataca outra vez. 
Diz ele que a The Doorbell Orchestra é só uma brincadeira, mas eu acho que tem potencial pra ser bem mais do que isso. 
Quantas bandas surgem hoje em dia com 5 músicas boas, sem vocal ruim, e dialogando bem com os bêbados?


Pra quem ainda não deu uma sacada, quase um karaokê num bar vagabundo de meio de estrada! =P Minha última brincadeira musical em 2011. Espero que possam escutar pra divertir um pouco.

sábado, 26 de novembro de 2011

Macaco Bong no Galpão Satolep

Bom, como grande fã de bandas inovadoras, que tocam com feeling, não esbanjam 1000 notas por segundo, e que acima de tudo prezam pelo riff, vou relatar brevemente o que vi ontem, e que esperava ansiosamente desde o ano de 2005, quando vi o Macaco Bong pela primeira vez no canal do Trama TV.
Em 2005 após assistir o final dessa apresentação no canal do Trama TV fui imediatamente procurar algum material do Macaco para download. Achei no site do Trama Virtual: http://tramavirtual.uol.com.br/artistas/macaco_bong o intitulado "Demo2005" e o "Objeto Perdida". Ao ouvir “Belleza” e “Noise James” virei fã da banda, e tenho acompanhado todo som novo que os caras lançaram até então.
Já em 2008, os caras lançaram o "Artista Igual A Pedreiro" (que por si só já é um nome genial para se colocar num álbum), álbum disponível no Album Virtual do Trama: http://albumvirtual.trama.uol.com.br/album/1128131175. É só se cadastrar no Trama e baixar o álbum + arte gráfica na íntegra. Ainda sobre esse álbum, destaco meus sons preferidos: “Amendoin” com um riff de fritar a mente de qualquer pessoa, “Belleza” um belo riff marcante, e minha preferida “Compasso em Ferrovia” com seus solos viajando pelo Jazz e Fusion.
Como guitarrista que sou, não pude deixar de reparar nos timbres e é claro no feeling absurdo do Bruno Kayapy. O cara é um Strateiro de mão cheia, que presa por timbres orgânicos de drive. Comprovando minha tese de que não se precisa de mil pedais e amplificadores para se tirar um timbre marcante e característico.
No show de ontem (25/11/2011, em Pelotas) Kayapy utilizou duas guitarras, uma Yamaha, modelo parecido com Stratocaster, e que eu ainda não conhecia, com afinação baixa em C, se não me engano e uma Fender Strato para os sons mais cristalinos.
Dentre os pedais, estava um afinador + delay + um que não consegui identificar, mas creio que era algum tipo de drive ou boost. E que timbrão, que timbrão! Fiquei em frente ao palco bem ao lado da PA, e confesso que sai de lá com um zunido nos ouvidos. Os caras destroem!
Nessa semana o Macaco Bong lançou mais três músicas que fazem parte do Single Verdão e Verdinho: http://macacobong.tnb.art.br, com sons que exploram mais afinações abertas e uso de slide. Vale à pena baixar e conferir!
Resenha de Rafael Rechia
Escrita dia 26/11/2011


Fotos exclusivas, de Thiago Iankoski [portfolio clique aqui].

Macaco Bong - Galpão Satolep 25/11 - fotos de Thiago Iankoski

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

8º Tributo John Lennon - Coisa do CAPETA!

8/8/8/8/8/V8/C4 |,,|
E vem chegando o 8º Tributo ao John Lennon produzido pelo Carioca! Como se não bastassem todas as "mensagens subliminares" que os Beatles colecionaram ao longo da carreira, o evento vai ocorrer no dia 8 de dezembro, às 8:00 p.m, além de ser o oitavo! Contando com 8 bandas e 8 músicos que farão uma apresentação acústica; há também um músico chamado Cláudio V8 e outro chamado Marcião C4! E agora, José?! Vai perder toda essa coincidência? Quer conferir? Te liga no cartaz, então!

Ah, esses eventos do Carioca! Tributo aos Beatles, ao Paul McCartney, ao John Lennon, Gartoas Fazem Arte, Beatles vs. Rolling Stones, Cordas & Vozes.. Todos têm um charme e uma intensidade! Talvez seja por causa das duas horas, apenas, que costumam durar [e que deixa um grande desejo de quero mais] ou do ambiente do Centro Municipal de Cultura; ou ainda por causa de toda a galera AFUDÊ que se reúne lá pra papear, molhar o bico, tocar, curtir e tramar revoluções! Tive a oportunidade de participar de todos em várias edições, excetuando o Garotas Fazem Arte [só fui pra curtir]. E digo que eles têm um valor inestimável, tanto pra quem é músico quanto pra quem curte o que é feito aqui em RG. Testemunhei o público crescer, a galera começar a ir pra curtir, passando a apreciar o formato desses eventos, que acho perfeito pra dias de semana, tanto pro público quanto pro organizador e pros músicos, pois é leve feito uma pluma [não entenda "musicalmente leve"]. Enfim! Um baita evento, DE GRAÇA, com qualidade esperando pra ser curtido. Partiu?

DIA 8 DE DEZEMBRO [QUINTA-FEIRA] NO CENTRO MUNICIPAL DE CULTURA
DAS 20:00 AS 22:00 - ENTRADA GRATUITA

Postado por Nicholas Lucena

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

'TENR' - "Ignition" [Gravação]

Dia 15/10/2011 - Sábado - a galera da 'TENR' se reuniu pra passar as músicas na casa do Rafael, lá no Cassino. Papo vai, papo vem, música vai, música vem, recebemos uma ligação do Bruno [Pires], convidando pra fazer uma gravação "pra ver como é"; fruto de um 'pré-acerto' para a produção do nosso primeiro álbum. A noite já vinha caindo quando o Bruno passou lá pra nos apanhar. Da casa do Rafa fomos direto pra garagem do Mauro Rechia, onde havia um ensaio rolando.
No meio do trajeto decidimos qual música gravar; optamos pela 'Ignition' por estar a 100% e ser toda instrumental, sem nenhum vocal, o que diminuiria o tempo de gravação também, que era escasso.
Chegamos lá por volta das 19:40, esperamos a galera terminar o som e partimos pra montagem dos equipamentos [chequem o vídeo].
Gravada uma guia rápida com a guitarra; partimos pra batera, que foi um problemão no princípio, pois não toco com metrônomo há cuzilhões de anos [Nicholas]. E mesmo que tocasse, como o Bruno falou, após gravarmos 'ao vivo': "Não adianta! O lance de vocês é ao vivo, mesmo."
Perde-se toda uma atmosfera muito valiosa gravando todos os instrumentos separados; deve haver, no mínimo, dois músicos interagindo juntos, mesmo que um não esteja sendo gravado, como acabamos fazendo. Claro, não tô me desfazendo do sr. metrônomo, apenas adicionei que guia+metrônomo+um instrumento tocando ao vivo, apenas não é a equação certa pra TENR. Foram três takes de bateria, sendo os dois primeiros apenas guia + metrônomo e o último com o Rafa tocando comigo.

A bateria usada foi um kit reduzido do meu amigo Gabriel; consistia em dois tons Ludwig Accent CS Custom, um de 10' [como ton] e outro de 12' [como surdo], um bumbinho da Premier de 16', caixa Ludwig e pratos variados entre Krest e Orion.
Como havia encontrado algumas dificuldades com o metrônomo no princípio, automaticamente minha perspectiva da música mudou, toquei da maneira mais enxuta possível, pra garantir a qualidade e não tomar muito tempo, afinal já eram 21:40.
O kit soou bem grande e com bastante volume, afinação bem ressonante nos tons, a caixa aguda [configuração do Gabriel que não me atrevi a alterar hehehe], creio que o Bruno não tenha passado tanto trabalho quanto à equalização, pois o som saiu prontinho. :P




Após a batera vieram as guitarras, ou melhor, a guitarra, pq além de uma linha, apenas, o Rafa fez um único take [não sabe brincar]. Mas antes que pudessem gravar a danada, tivemos que invocar um novo mouse, pq o do Bruno foi pro pau. Lá se foram os guris buscar um enquanto o tempo corria. Já era umas 22:30. Os equipamentos que o Rafa usou foram a "Vintage Luthier Stratocaster", o Fender Blues Jr. [Tolex] + alguns pedalinhos que vocês podem acompanhar na 1ª foto, além de ouvi-los em ação no final do post.
Em ordem de aparição na primeira foto: Fuzztone, *Não lembro se é o DS-1*, UniVibe, um Delay Lata-de-Sardinha e o Cry-Baby. O verde e o pretinho não estavam ligados, sendo que o preto é um fuzz que o próprio Rafa fez e que usamos no baixo com frequência.
Na segunda foto há um pouco de ação. Embora nada da guitarra estivesse sendo registrado, foi essa a posição em que o cubo ficou pros finalmente. Descupem-me pela baixa qualidade das fotos/vídeos, mas era o que tinha.
 23:20 e começou a baixaria! Principiando pelo Sr. Eduardo Custódio, que chegou like a boss pra gravar sua parte! Hehehehe!
Vamos direto ao ponto! Foi usado um jazz bass Eagle 4 cordas ligado num amplificador de guitarra da Stagg, se não me engano. Mutcho bueno o timbre no momento; médios ricos. A parte mais curiosa dessa finalera foi a "pegada" do Eduardo que semitonava as notas levemente, muito estranho. Foram uns 5 takes; os iniciais descartados por
problemas quase imperceptíveis na afinação.
Na segunda foto o detalhe da microfonação do cubo onde foi gravado o baixo.
Correu tudo direitinho e às 23:45 estávamos desmontando tudo.






Acompanhe o teaser do resultado final deste dia aqui:
Deixe seu comentário! Valeu e até o próximo!